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Estudantes da UACSA desenvolvem robô para detectar Covid-19

estudante com dispositivo em rua, de costas

A literatura e a ficção científica usaram e abusaram de inundar o nosso imaginário com um grande símbolo de avanço tecnológico e, por consequência, da humanidade: os robôs. Seja o simpático Wall-e ou a carismática dupla R2D2 e C3PO, seja a guerra travada entre autobots e decepticons ou então o humanóide T800 que voltou para salvar o nosso futuro, os robôs estão presentes em várias facetas do nosso imaginário fantástico.

A vida real possui menos Robocops e mais uma inteligência artificial automatizada para nos auxiliar na vida cotidiana e em soluções para questões práticas. Foi assim que os estudantes Claudio Torres e Allan Igor da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA) da UFRPE tiveram a ideia de desenvolver um equipamento para detectar Covid-19: “estávamos sem ter aula na universidade e conversando Allan veio com a ideia de um robô que detectasse covid. Ele sabia que eu tinha experiência como programador e me chamou pra desenvolver junto com ele, a gente falou com o professor Dagnone e inscrevemos a ideia no edital do bext-covid.”, explica Cláudio.

A ideia de criar o robô detector de Covid surgiu a partir da escassez de testes químicos e de profissionais de saúde durante a crise sanitária causada pela SarsCov 2. A ideia básica dos pesquisadores era a de reduzir o uso destes dois recursos e quando concluíram o projeto de extensão haviam desenvolvido o aplicativo Hépio para aparelhos móveis e um módulo de sensores eletrônicos que se conectam e fazem uma triagem de pacientes com sintomas de Covid, detectando pelos principais parâmetros da doença: oxigenação, temperatura corporal e batimentos cardíacos.

                

Cláudio Torres detalha que: “Os dados coletados são enviados para um dispositivo android, que mostra eles para o paciente de uma forma intuitiva, determinando se a pessoa está com risco de covid ou não. Além disso, manda esses dados para um servidor armazenar e fazer análises na população, de forma mais global.”

Após o final da primeira fase de desenvolvimento a equipe de estudiosos da UFRPE buscou testar o dispositivo em hospital em um ambiente médico controlado e sob supervisão de profissionais de saúde. Os pesquisadores desenvolveram um protótipo a ser testado em unidades de saúde, mas desde o fim do edital Bext-Covid, buscam angariar mais recursos. A equipe também realizou um cadastro no SUS para testar o experimento, mas ainda aguarda aprovação dos técnicos do Ministério da Saúde.

O foco dos pesquisadores foi criar um produto de alta tecnologia que fosse acessível ao maior número de pessoas: “a ideia de usar um celular android foi por ele ser barato e acessível e a gente tinha interesse em desenvolver inicialmente um produto de baixo custo. Prezamos também pela versatilidade, no caso, a gente podia montar tanto essa torre ou um robô com rodas, como poderíamos distribuir o módulo de sensores e o aplicativo na play store. A ideia é ser um produto de alta tecnologia mas ao mesmo tempo acessível, que consiga ser integrado na rotina das pessoas, da cidade.”, finaliza Torres.