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[JORNAL DO COMMERCIO] Cooperativa estabelece as próprias regras

Ainda que expostos, os catadores associados têm um pouco mais de estrutura. A presidente da cooperativa Coocecipe, Edileide Amaral, 56 anos, contou que eles têm tomado algumas medidas para evitar a disseminação. “Nos protegemos com luva, máscara. A gente orienta para os cooperados se alimentarem melhor, compra fruta. Quando chega material, a gente tem que deixar uma semana isolado num canto coberto antes de separá-lo.”

Resolução que foi tomada por conta própria. “Isso a gente viu na televisão mesmo. Começou pelo papelão, que a gente viu que, assim que chegar, tem que deixar na quarentena”, revelou. “A gente está fazendo isso, mas com um sacrifício muito grande. Não estamos conseguindo vender nada.”

Paralisar as atividades, como sugere a Abes, não é viável. “A gente vai viver de quê? Esses 600 reais nem todo mundo consegue. Eu mesma fui excluída. Entendo porque sou presidente, mas muitos poucos conseguiram pegar”, disse. Soraya El-Deir também discorda do posicionamento da Abes. “Estamos falando de milhares de catadores que vivem exclusivamente disso, e que estão fora de qualquer rede de segurança social”, declarou.