JavaScript não suportado

 

[Jornal Florida] Adriana Calcanhotto visita Instituto Menino Miguel e recebe homenagem com Mirtes Santana, mãe do menino que caiu de prédio

adriana-calcanhotto-visita-instituto-menino-miguel-e-recebe-homenagem-com-mirtes-santana,-mae-do-menino-que-caiu-de-predio

Cantora é embaixadora da entidade, criada após a morte do menino enquanto estava sob os cuidados da ex-primeira-dama de Tamandaré e patroa de Mirtes, Sarí Corte Real. Adriana Calcanhotto e Mirtes Renata Santana no Instituto Menino Miguel, no Recife

Reprodução/Instagram

A cantora Adriana Calcanhotto visitou, no Recife, o Instituto Menino Miguel, criado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para discutir questões sobre infância, família e envelhecimento. Ela também encontrou a mãe e avó do garoto, Mirtes Santana e Marta Santana.

 

A cantora, em 2020, lançou a canção “2 de Junho”. A música, cujo título é a data da morte do menino Miguel, em que fala sobre o caso da criança que, aos 5 anos, caiu de um prédio de luxo enquanto estava sob os cuidados da ex-primeira-dama de Tamandaré e ex-patroa da mãe dele, Sarí Corte Real.

A mãe, que trabalhava como empregada doméstica, estava passeando com a cachorra da família. Desde então, Mirtes tornou-se ativista contra o racismo estrutural, se matriculou no curso de direito e luta por justiça pela morte do filho.

Adriana Calcanhotto é embaixadora do Instituto Menino Miguel, devido ao apoio que dá à causa. O encontro ocorreu na quarta-feira (20), na sede da entidade, na UFRPE, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. Na ocasião, ela e Mirtes receberam uma placa de homenagem.

A cantora faz show no Recife nesta quinta (21). Na terça-feira (19), ao G1, ela contou sobre a admiração que sente por Mirtes, e adiantou que pretendia encontrá-la. “Estou sempre junto com a Mirtes. Acho que é muito importante a gente ouvir a Mirtes, pelas posições dela, porque é uma mulher muito importante, muito lúcida, e é muito articulada. A fala dela é muito sintética e muito direta”, disse.

O caso

Justiça condena Sarí Corte Real  por abandono de incapaz que resultou em morte

A morte do menino Miguel culminou na condenação por abandono de incapaz que resultou em morte de Sarí Mariana Costa Gaspar Corte Real, ex-primeira-dama de Tamandaré, cidade do Litoral Sul de Pernambuco. Ela foi condenada a 8 anos e seis meses de prisão, mas responde ao processo em liberdade.

Ela e o marido, ex-prefeito Sérgio Hacker Corte Real, eram patrões de Mirtes e Marta Santana, mãe e avó do menino, que trabalhavam como empregadas domésticas na casa do casal. Entretanto, elas eram pagas pela prefeitura da cidade, conforme comprovou a Justiça do Trabalho.

A queda de menino que levou à condenação da patroa da mãe

A morte de Miguel aconteceu no Condomínio Píer Maurício de Nassau, no bairro de São José, no Centro do Recife. Em plena pandemia, o menino estava sem aulas e a mãe, sem ter com quem deixá-lo, o levou para o trabalho. Sarí mandou Mirtes passear com a cachorra dela, Mel, e ficou responsável por tomar conta de Miguel.

Segundo a polícia, enquanto Mirtes estava no térreo, a criança quis encontrá-la. A patroa, que estava no apartamento com uma manicure que fazia as unhas dela, deixou o menino ficar sozinho no elevador para procurar a mãe, conforme mostram imagens de câmeras de segurança (veja vídeo acima).

O elevador para no 5º andar, mas Miguel só sai no 9º. Lá, ele foi até a área onde ficam peças de ar-condicionado. Escalou a grade que protege os equipamentos e caiu de uma altura de 35 metros. Uma das peças da grade ficou quebrada e tem marcas dos pés da criança.

Disponível em: Adriana Calcanhotto visita Instituto Menino Miguel e recebe homenagem com Mirtes Santana, mãe do menino que caiu de prédio