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Núcleo do Cuidado Humano inicia atendimento telefônico a partir da próxima segunda (14/01)

Por Tarisson Nawa
tarisson-ccs@ufrpe.br

professor hugo monteiro ao microfone, de pé, enquanto a reitora e o vice-reitor assistem à palestra sentados num sofá
   Hugo Monteiro fala durante o lançamento do Núcleo do Cuidado
   Humano, em evento ocorrido no mês de dezembro. O vice-reitor,
   Marcelo Brito Carneiro Leão, e a reitora, Maria José de Sena,
   participaram da solenidade.

A partir da próxima segunda-feira (14/01), o Núcleo do Cuidado Humano (NCH) da UFRPE inicia os trabalhos de escuta via telefone. O canal de comunicação será para atendimento da comunidade acadêmica - discentes, técnicos e professores -, por meio do ramal 3320.6640. A linha preventiva busca auxiliar pessoas da comunidade universitária em situação de sofrimentos e vulnerabilidades emocionais, contando com profissionais capacitados em escuta pelo Centro de Valorização da Vida (CVV).

Durante o mês de janeiro, o atendimento será feito exclusivamente via telefone, nos turnos da manhã e tarde. Em breve, o Núcleo deverá expandir a ação também para o período da noite, além de realizar atendimentos presenciais previamente agendados na sala de acolhimento que fica no térreo do Centro de Ensino de Graduação.

O Núcleo foi lançado em dezembro do ano passado, com uma mesa temática de debates e a inauguração de um espaço de acolhida, localizado no Centro de Ensino de Graduação. O início do trabalho de escuta busca dar seguimento às atividades do NCH, e também está alinhada às ações do Janeiro Branco, campanha de nível nacional que busca chamar a atenção da importância dos cuidados com a saúde mental.

O professor Hugo Monteiro, do Departamento de Educação (DEd), explica que não se pode dissociar a saúde mental da saúde física: ambas caminham juntas. “Na medida em que é pensado a educação mental, o corpo também é beneficiado”, declara o professor ao destacar outras atividades que dão conta do calendário de atenção à saúde mental.

cartaz com informções sobre palestra "conhecimento e intuuição". Fundo lilás, com inscrições em amareloNa semana seguinte (23/01) à abertura do telefone para escuta, o Núcleo promove uma oficina sobre intuição e conhecimento, aberta ao público geral, com o professor Alessandro Machado, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A ação será ministrada na Sala da Progepe, que fica no Centro de Ensino de Graduação, com capacidade para 45 pessoas, sendo aberta à comunidade externa à universidade. A ocupação acontecerá por ordem de chegada. O Evento é gratuito.

A proposta da aula é ensinar como utilizar a intuição enquanto método para construir conhecimento e analisar informações. Hugo assinala que por muito tempo foi usado a razão como forma dominante de produção do saber, mas que agora há a possibilidade do uso da intuição para construção do conhecimento científico. A proposta é usar metodologias outras que extrapolem a forma cartesiana de construção do saber acadêmico.

A ideia central é trabalhar a educação das emoções. “Se nós educarmos nossas emoções muito provavelmente não teremos adoecimentos mentais”, enfatiza Hugo, que defende as atividades do NCH como um espaço para desconstruir a tecnicidade acadêmica e utilização de outros métodos que não gerem adoecimento.

Ao trabalhar educação mental, a oficina abarcará a dimensão física - o corpo humano. O professor moderador desenvolveu a metodologia de trabalho com base na metáfora da feitura de um pão. O método será aplicado à oficina com a proposta de usar as mãos e a feitura da massa para pensar um conhecimento não cartesiano. Coração, sensibilidade, emoções serão trabalhados na dimensão prática da oficina.

O Núcleo do Cuidado Humano

O Núcleo do Cuidado Humano é uma política institucional de valorização da vida, a partir de um movimento transdisciplinar e ações sistemáticas de escuta e acolhimento. O objetivo da política é integrar as iniciativas e práticas voltadas à saúde mental já existentes na UFRPE e também estruturar uma rede de terapeutas credenciados para posterior encaminhamento nos casos indicados.

Embora não esteja na proposta inicial o atendimento terapêutico e/ou médico, o Núcleo, além de uma equipe de oito pessoas treinadas pelo CVV, conta com o suporte de uma rede de profissionais, incluindo psicólogas do Departamento de Educação (DEd) e do Departamento de Qualidade de Vida (DQV). Também serão promovidas atividades ligadas a trabalhos de valorização da vida e terapias sistêmicas.