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Servidor da UFRPE tem obra musical selecionada para a XXIIIª Bienal de Música Brasileira Contemporânea

cartaz do eventoO músico Alexandre Avellar, servidor da UFRPE, teve a obra musical Levantado do Chão – quadros para orquestra sinfônica, selecionada e classificada na XXIIIª Bienal de Música Brasileira Contemporânea. A Bienal é um festival de música de concerto organizado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), realizado desde 1975, no Rio de Janeiro. Neste ano, o festival conta com a parceria da Universidade Federal Fluminense (UFF) e será realizado entre os dias 9 e 14 de novembro. A universidade, por meio do Centro de Artes UFF, é a executora do evento.

Criada em 1975, a Funarte é o órgão do Governo Federal brasileiro, vinculado ao Ministério da Cidadania, cuja missão é promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país. É responsável pelas políticas públicas federais de estímulo à atividade produtiva artística brasileira.

Participaram da chamada pública compositores brasileiros e estrangeiros domiciliados no país há no mínimo três anos, que submeteram apenas uma obra de sua autoria. As obras devem ter sido compostas a partir de 2015 e não podem ter sido apresentadas em edições anteriores da Bienal.

As obras foram classificadas em três categorias: obras para orquestra sinfônica (podendo ter instrumento solista), obras para música de câmara (formações com até 9 intérpretes, incluindo regente) e obras de difusão exclusivamente eletroacústica (que se utilizam de sons manipulados eletronicamente, ao vivo ou previamente gravados).

Foram selecionadas 47 partituras nas três categorias. A elas se somam cinco partituras de compositores homenageados (dentre eles Marlos Nobre, aclamado compositor recifense e regente da Orquestra Sinfônica do Recife), totalizando 52 obras.

Alexandre Avellar foi selecionado na categoria orquestra sinfônica, na qual foram contempladas 9 obras, selecionadas por meio de uma comissão mista de músicos.

A obra Levantado do Chão é inspirada no romance homônimo do escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura. Nessa obra, o escritor narra a história das lutas do povo do Alentejo, Portugal, contra diversos tipos de opressa, tais como a econômica, a política e a religiosa, desde o início do século XX até a redemocratização do país a partir de 1974. Dada essa premissa, a obra musical traça um paralelo dessa história com a situação presente do Brasil, como um país no qual o povo deposita sua esperança de levantar-se novamente. Como disse o autor Saramago em uma entrevista: “a opressão é, por definição, esmagadora, tende a baixar, a calcar. O movimento que reage a isto é o movimento de levantar: levantar o peso que nos esmaga, que nos domina. Levantado do Chão porque, no fundo, acho que do chão se levanta tudo, até nós nos levantamos”.

A obra será estreada em 10 de novembro, às 10h30, pela Orquestra Sinfônica Nacional, no Cine Arte UFF, Rua Miguel de Frias, nº09 – Icaraí – Niterói – RJ. Poderá haver difusão pela internet ou emissora pública de televisão, ao vivo.