Pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Fiocruz Pernambuco descobriram compostos com potencial antiviral contra o vírus chikungunya. As moléculas triazólicas conjugadas com bases pirimídicas conseguiram inibir a replicação do vírus em testes laboratoriais, com baixa toxicidade celular, o que as torna candidatas promissoras para o desenvolvimento de um futuro medicamento para tratar a febre chikungunya.

Com patente registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o estudo antiviral teve início em um projeto de iniciação científica da estudante Melyssa Silva, sob orientação do virologista Lindomar José Pena (Fiocruz-PE). A síntese das moléculas ficou a cargo da equipe do professor Ronaldo Nascimento de Oliveira, do Departamento de Química da UFRPE, resultado da tese de doutorado de Bruna Martins. Os compostos atuam especificamente na fase de replicação do vírus, impedindo sua proliferação nas células infectadas. 

Com os resultados promissores em testes in vitro, a equipe esta entusiasmada para realização de futuros estudos pré-clínicos em modelos animais. Os cientistas celebram o avanço como um passo importante na busca por tratamentos eficazes. A descoberta também ressalta o valor da cooperação entre instituições para o desenvolvimento de soluções em saúde pública, além da formação de recursos humanos.