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[FOLHA DE PE] Conselho de Biologia e entidades ambientais cobram Arco Viário Metropolitano de PE por fora da APA

RECIFE

Conselho de Biologia e entidades ambientais cobram Arco Viário Metropolitano de PE por fora da APA

 

Arco Viário MetropolitanoArco Viário Metropolitano - Foto: Divulgação

O Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio-05) e diversas entidades ambientais pernambucanas cobraram do Governo de Pernambuco, em uma live realizada no canal do YouTube do CRBio-05 na última terça-feira (27), que o projeto atual do Arco Viário Metropolitano seja totalmente por fora da Área de Preservação Ambiental (APA). 

Para embasar o posicionamento, os biólogos apresentaram diversos elementos reforçando as preocupações com o impacto ambiental e, consequentemente, o dano econômico que o estado e as pessoas terão se o Arco for construído por dentro da área florestal. A cobrança é pela revisão urgente do atual projeto. 

O bate-papo teve como tema “Prevenir ou compensar? Arco Viário Metropolitano, biodiversidade e economia de Pernambuco” e foi mediado pela conselheira do CRBio-05, bióloga Rachel Lyra. 

A presidente do Conselho Federal de Biologia (CFBio), bióloga Maria Eduarda Larrazábal, destacou a importância do debate neste tipo de evento. Além de discutir o projeto, é preciso também sinalizar com opções em um formato amplo de ideias.

“Tivemos uma oportunidade rica de trocar ideias sobre o projeto. Como Bióloga, é sempre bom deixar claro que não somos contrários ao crescimento da economia, ao futuro ou a algo que venha de encontro ao desenvolvimento do nosso estado. O que queremos é discutir, com base científica, principalmente neste momento em que a ciência vem sendo alvo de tantos ataques. Portanto, queremos ver a melhor forma de desenvolver o projeto com alternativas para ter o almejado desenvolvimento sustentável", ressaltou.

Essa troca de ideias, de acordo com a professora da UFPE, Bióloga Bruna Bezerra, será fundamental para que o melhor seja feito a partir de estudos ambientais. “Para pensarmos na melhor solução, temos de conhecer melhor os impactos que as estradas causam na natureza como erosão do solo, poluição visual e sonora. Uma escolha errada no traçado pode trazer diversas perdas. Então, precisamos fazer um balanço entre o desenvolvimento econômico e o meio ambiente com sustentabilidade. Por isso, é necessário manter o diálogo para escolher o melhor traçado a partir das respostas dadas pelas ferramentas da Biologia”, resumiu. 

Pelo lado do Governo do Estado, durante a live, a secretária executiva da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas/PE), Inamara Melo, afirmou que uma das alternativas é passar o Arco Viário Metropolitana por fora da Mata Atlântica, preservando, assim, a natureza. Ele fez questão de lembrar que o projeto ainda está sendo estudado. 

“Acho que a gente não se deve fechar apenas para a necessidade de desenvolvimento. Temos de ter o entendimento da questão ambiental. Sabemos que o Arco Metropolitano é uma obra estratégica para a logística do Estado e existem razões para essa polêmica com debate. Mas é uma decisão que não está tomada. Há uma proposta em estudo e temos apresentado as justificativas para não passar a estrada por dentro da mata. Pode ser sim evitado uma alteração na dinâmica em relação à área ambiental. Não se pode colocar em risco a biodiversidade da Mata Atlântica", pontuou.

Projeto que nunca saiu do papel, o Arco Metropolitano é discutido há 20 anos com o objetivo de desafogar a Região Metropolitana do Recife (RMR). Ele pretende ligar Igarassu ao Cabo de Santo Agostinho. Novamente no centro das discussões, o Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio-05) reforça que é preciso respeitar o meio ambiente, com sustentabilidade.

Participações

O encontro virtual contou com a presença de oito convidados/as: secretária Executiva da Semas/PE, Inamara Mélo; presidente do Conselho Federal de Biologia (CFBio), bióloga Maria Eduarda Larrazábal; professora Bruna Bezerra e professor Enrico Bernard, ambos do Departamento de Zoologia da UFPE; Yuri Marinho, gestor do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (CETAS Tangara); professoras Ednilza Maranhão e Ana Carolina Lins e Silva, ambas da UFRPE; Cinthia Lima, analista ambiental da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e gestora da APA Aldeia Beberibe

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